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​Olhar pro Sertão

​

​Deslumbrando ao Sertão mais uma vez
Fez-se em risco de raio no horizonte
Cor à margem, aos olhos de uma ponte
Do que falta fazer e o que se fez
Nessa lida do contar até três
Quem na frente desponta às vezes ganha
Mas quem fica pra trás nem sempre apanha
Nesse olhar pro sertão que abastece
Cada verso em poesia é feito prece
Com o tempo conversa e faz barganha

​

Vou olhando o sertão e novamente
Abasteço o galão dessa poesia
Brindo ao tempo que no contar do dia
Galopeia um compasso diferente
Quando a rima se mostra, o tom da mente
Encandeia uma fresta irradiando
Entre o por de um sol e a noite andando
Com a saudade na praça, à madrugada
Faz teu cheiro presente a coisa amada
Vai a cada distancia aproximando

​

​

​Pelo mundo de forma a questionar
De sentir o que vê em cada ser
Pela estrada o caminho a percorrer
É a busca de onde se quer chegar
Envolvendo: o sertão só quis cuidar
De quem cuida do sonho de um poeta
Acordando com a rima que completa
Traz nas cordas os versos violão
No dedilhar direito dessa mão
Que da minha é esquerda predileta

​

Quero ao lado do verso prosseguir
Quero o sonho contigo a noite inteira
Cada olhar, cada riso e brincadeira
Quero tudo em diários de sorrir
No sertão de um ser tão de porvir
Vislumbremos então cumplicidades
Quando eu fui carregado de saudades
Eu levei cada olhar do teu sorriso
No sertão outro verso sem aviso
Veio em rimas doutras felicidades.

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