top of page

Eu não me anulo, e entristeço em ver amigos anulados. Tenho as minhas convicções e reconheço o valor dos erros e dos acertos das pessoas, entendo, do meu jeito o conjunto das idéias e quem me conhece também faz seu entendimento, das minhas idéias.
Domingo é dia de eleição, e eles são (todos os candidatos) interessados em assumir um cargo publico eletivo, milhares por aí, Brasil a fora... De vários tipos e gêneros, castas e religiões, incrédulos e evangélicos, abstêmios de idéias, formadores de opiniões, insensatos alguns, polêmicos outros, em bando se aproximam e pedem, falam, prometem, sorriem, expõem-se como salvadores, protetores dos nossos interesses.


Lembrei de Antonio falando de Livre arbítrio, por isso respeito as opiniões dos anulados, mas lamento não poder discutir com esses sobre os problemas públicos, até escutarei seus “argumentos”, que segundo Bukowski, são palavras ditas que nunca dizem nada pra quem não concorda, faço isso por não terem dado o mérito real da escolha, e nem me digam que preferiram se anular, por escolha mesmo, isso não é escolha, é omissão. Não entendo vossos “argumentos” de que a política está contaminada, que não se faz mais política com seriedade, questiono: e em vossas casas, não fazes política? De fato tem uma corja solta por aí e grande, mas...


Conheço gente do bem, muitas pessoas que sei, assim como eu, acreditam num tempo melhor, e que estão no meio desse bando, que nos últimos meses, nos encheram de emails e cartas de propostas e projetos. Tenho amigos que conheço e sei que me representarão, conheço pessoas por aí que fazem o bem e sei também que me representariam bem, e voto para ser representado, acompanho, faço minhas sugestões e discordo se precisar, afinal é assim que deve ser, e não digo aqui que não posso me decepcionar, já aconteceu outras vezes e deverá continuar acontecendo, essa é a raça humana. Demasiadamente, como disse Frederico.


E é nessa raça humana que ainda acredito, pois diferentemente do que andam dizendo, o mundo não se acabará em dezembro, já vem se acabando a séculos, Hebe que o diga. Domingo vou votar, e já escolhi os nomes, o critério é simples, vou por onde acredito ser a estrada melhor para seguir e eu sigo sempre. Anular-me seria permitir que qualquer estrada escolha-me adiante, escolhendo, posso até perder ou errar, mas sei o que fiz e tenho minhas defesas para as decepções, bem como argumentos para os anulados, como diz Eugenio: pra quem quer bem até catinga cheira.


Aos meus amigos anulados um cheiro grande no coração e o respeito pela nulidade. E nem queiram contra argumentar, eu já não concordarei de cara.

bottom of page