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​Quer Mesmo Saber?

Vou sim nesse sonho torto
Acreditando no mundo
Vivendo cada segundo
Pois um dia serei morto
E o verbo quando absorto
“Liberta a frase cativa”
Que sempre se emotiva
Extasiada se lança
Noutra conversa que avança
Para quem tem alma viva

De quem conversa sozinho
Em solilóquio sincero
E vou-me em versos que espero
Que abram o meu caminho
Assim costurando o linho
Minha coberta é segura
Decifrando a parte escura
Do verbo que vai nascer
Pois assim que um morrer
Outro sai da sepultura

​E já que me perguntou
Nesse silêncio sabido
Vou invadindo o ouvido
Do tempo que ainda sou
O sonho que me restou
Não me permite pensar
Mas sim, racionalizar
Os pensamentos vindouros
Palavras mais do que ouros
Podem ao tempo mudar

Criando histórias boas
“De gente que ama gente”
E a lei de cada batente
Terá valor de pessoas
Onde palavras à toas
Serão enfim descartadas
Eu vou pelas madrugadas
Solto no tempo a sorrir
Querendo é só me seguir
Não tenho cartas marcadas.

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